Com o objetivo de facilitar e organizar a vida do gestor do negócio, é essencial que a empresa opere de maneira mais eficiente, garantindo receita o suficiente para conseguir fechar o caixa ao final do mês e cobrir todas as despesas, mantendo sua saúde financeira. Por isso, ter uma boa gestão de capital de giro é primordial para a empresa evitar problemas de fluxo de caixa, além de manter a estabilidade. Neste texto, vamos entender um pouco mais sobre o que é capital de giro e como usá-lo a seu favor.
O que é capital de giro?
Imagine que você tem uma livraria e vende livros de uma determinada editora. Você compra os livros do fornecedor, ele entrega, e a sua empresa realiza o pagamento. Os livros chegam ao seu estoque, são colocados na prateleira e, em seguida, vendidos aos clientes. No entanto, os seus consumidores podem pagar a prazo, o que significa que o dinheiro da venda não entra imediatamente no caixa da empresa. Durante esse intervalo - entre o momento em que você pagou o fornecedor e o momento em que o dinheiro da venda efetivamente entra no caixa -, quem cobre as despesas da empresa, como energia, salários, aluguel, e outros custos operacionais?
Esse período pode gerar um descompasso financeiro e, para garantir que a empresa continue operando sem problemas, é essencial contar com um montante de dinheiro suficiente para cobrir essas despesas. Esse montante, que permite à empresa sustentar suas operações diárias até que o dinheiro das vendas seja recebido, é conhecido como capital de giro. Entenda algumas dicas de como se organizar para isso:
Prazo médio de pagamento e recebimento
Calcular o prazo médio para o pagamento de todas as contas da empresa é fundamental. Esse cálculo inclui o tempo que você tem para pagar os fornecedores, seja à vista, ou em condições parceladas, como 50% à vista e 50% em 30 dias, por exemplo. Se esse for o caso, o prazo médio de pagamento para os fornecedores seria de 15 dias.
Além disso, é essencial compreender o prazo médio de recebimento dos seus clientes. Ao combinar essas informações, você pode determinar uma média adequada para a gestão financeira do seu negócio, garantindo que os pagamentos e recebimentos estejam alinhados.
Custo fixo do negócio
Para gerir o capital de giro de maneira eficiente, é necessário ter um cálculo claro e preciso do custo fixo mensal da empresa. O custo fixo inclui despesas que não variam diretamente com o volume de vendas ou produção, como aluguel, salários, contas de energia, água, internet e outros custos operacionais. Esses gastos devem ser considerados para que a empresa possa manter suas operações, independentemente das variações de receita.
Custo variável mensal
Além do custo fixo, é essencial calcular o custo variável, que são as despesas diretamente ligadas à produção ou venda dos produtos ou serviços. Esse custo inclui matéria-prima, impostos sobre as vendas, comissões e outros gastos que flutuam de acordo com o volume de venda ou de produção. Uma estimativa precisa de custos variáveis ajuda a prever a necessidade de capital de giro, considerando as oscilações na demanda.
Média diária
Com base nos valores de custo fixo e do custo variável, é importante calcular o custo médio diário da empresa. Para isso, some o custo fixo e o variável e divida o valor pelo número de dias do mês. Esse cálculo fornece uma estimativa de quanto a empresa gasta por dia para se manter operando. Multiplicando esse valor pelo número de dias que sua empresa precisa financiar até receber pelos produtos vendidos, você chegará ao valor necessário para o capital de giro.
Valor de estoque
Outro fator importante na determinação do capital de giro é o valor do estoque mínimo necessário para o funcionamento do negócio. Ter clareza sobre o valor do estoque garante que a empresa consiga operar de forma contínua, sem interrupções nas vendas ou na produção, enquanto aguarda novos recebimentos. Avaliar corretamente esse valor é essencial para não imobilizar capital desnecessário, mas também para não deixar a empresa desabastecida.
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