A evolução dos meios de pagamentos acelerou a digitalização financeira. O Pix, que esse ano ultrapassou em volume as transações com cartão de crédito quando consideramos as transações entre pessoas físicas (P2P – de pessoa para pessoas), tem sido o carro-chefe para essa democratização e para a desmaterialização do dinheiro. Ao mesmo tempo, crescem as carteiras com os pagamentos sendo realizados por QR Code ou por aproximação (NFC) e, só no Brasil, estão disponíveis mais de 600 opções de cartel.
Mais de 60% dos brasileiros que possuem smartphones já ativaram alguma carteira digital, segundo dados da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). E mais, segundo a Bain & Company, a estimativa é de que as carteiras digitais representem 28% do mercado de pagamento global e 47% dos pagamentos do e-commerce.
Fato é que a carteira digital funciona como um facilitador que dá ao usuário acesso a transações financeiras, ou seja, uma nova forma de lidar com o dinheiro e, além de praticidade para o seu dia a dia. Não é preciso andar com cartões físicos e pode ser usada para fazer tanto compras online como as presenciais, por meio do smartphone ou eventuais gadgets, como smartwatches. Ao pesarmos no uso massivo dos celulares pelo Brasil, basta ter um cartão de crédito ou débito para ter acesso a uma carteira digital, simples assim.
Como funciona a carteira digital?
Após inserir os dados pessoais é preciso cadastrar os métodos de pagamento para fazer as transações, como cartão de crédito e débito, Pix e dados bancários, por exemplo. Além disso, muitas wallets oferecem serviços agregados como conta digital (sendo possível fazer pagamento de conta e transferência de dinheiro), recarga de celular e serviços de fidelidade. Além disso, o dinheiro pode render juros e podem existir outros benefícios, como cashback em compras e facilidade de parcelamento.
Em suma, utilizar uma wallet ajuda as pessoas a terem mais controle das finanças e o mais importante, aumentam a segurança do processo de compra. Se um smartphone for roubado ou perdido, a carteira digital está protegida pela senha PIN ou digital do usuário cadastrada no celular e no próprio aplicativo. Também é possível acessar rapidamente a carteira por outro dispositivo e bloquear movimentações futuras para evitar problemas.
Que as carteiras digitais podem ser um caminho para universalizar os serviços financeiros, não se tem dúvida. Hoje, inovações tecnológicas, novos comportamentos de compras e mudanças na regulamentação do sistema financeiro, convergem e corroboram para essa transformação nos meios de pagamentos e, cada vez mais, o estabelecimento comercial precisa estar atento e oferecer toda essa diversidade para fazer bons negócios.