Texto atualizado e originalmente publicado em 28 de junho de 2022
As vendas de produtos em marketplaces cresceram visivelmente nos últimos anos e para 2022 a expectativa é ainda melhor: um aumento de 9% da receita, atingindo um faturamento recorde de R$ 174 bilhões. Mesmo com as variáveis da economia brasileira: inflação, dólar elevado e a projeção do PIB brasileiro desfavorável, especialistas projetam que as compras online aumentem 8%, atingindo 379 milhões de compras e o ticket médio estável de R$ 460.
A pandemia incentivou novas tecnologias para os gestores de e-commerce que enfrentam novos desafios com o crescimento do mercado e em vários âmbitos. São desafios que incluem desde a gestão de pagamentos à definição da estratégia de canais. Alcançar bons resultados nas vendas online só é possível com uma gestão de e-commerce eficiente. Depois de participar da jornada omnicommerce de diferentes setores, reuni dicas para o sucesso de uma loja virtual, independentemente do seu tipo de atuação.
Foco nos canais
Os canais devem atrair o usuário de várias formas no digital, por isso o gerente precisa ter um olhar unificado para a performance de cada plataforma. Isso significa um olhar estratégico para analisar os investimentos e retornos, processo essencial para definir os próximos passos e, se necessário, mudar a rota definida inicialmente. Esta avaliação pode ser feita na ferramenta de e-commerce já utilizada pelo gestor. Também é importante que os canais sejam pensados para diferentes telas. Ou seja, a experiência precisa ser a mesma independentemente da plataforma e a comunicação precisa estar com o CTA, famoso Call To Action ou chamada à ação, alinhado em todos os ambientes para não perder venda online.
Curva ABC e KPIs de conversão
A curva ABC, que consiste em um método usado para classificar as informações conforme o seu grau de importância, deve ser muito explorada para definir os produtos que devem ficar em evidência no e-commerce e nos demais canais da marca. Priorizar o que o consumidor mais tem buscado contribui para gerar novas vendas e não perder oportunidades. Oferecer “combos” promocionais de itens que podem ser inseridos à compra no momento do checkout é uma alternativa. O objetivo é aproveitar este momento para aumentar o ticket médio do cliente.
Durante a jornada do consumidor no e-commerce, o olhar para a conversão que pode ser gerada a cada etapa também é um dado que pode ser extraído da própria plataforma. Entender o caminho percorrido e o percentual de quantos clientes únicos estão concluindo compra são informações valiosas para o seu e-commerce.
Conciliação e gestão de estoque
Para a gestão de pagamento dentro do e-commerce, uma alternativa é que os vendedores contem com um conciliador de repasses dos marketplaces para tornar o processo mais simples, automático e livre de eventuais erros que podem ocorrer quando a conferência dos valores pagos é feita manualmente, principalmente quando está presente em mais de um lugar – pois, além de verificar cada comprovante (planilha de vendas) nos registros da empresa e conferir os repasses enviados pelos canais de venda, cada marketplace trabalha com diferentes tipos de comissionamento.
Com um método de comparação, um software de conciliação importa os pedidos para dentro do sistema, armazenando-os e comparando-os com a planilha de repasses retiradas de cada canal de venda. Neste processo, é realizado o cruzamento de dados entre o valor previsto na importação com o valor da planilha de repasses. Desta forma, se o valor não for exatamente o mesmo, será gerada uma divergência, e se todos forem iguais, serão conciliados automaticamente.
Além de organizar as vendas, uma boa plataforma de gestão também ajuda na gestão do estoque do seller, sendo capaz de distribuir o estoque do cliente entre os diversos marketplaces para não gerar uma falha no momento das vendas. Se uma loja divulga um item e depois não o entrega por falta de estoque, ela pode ser multada. Por isso, minha última dica é contar com esse “orquestrador” que auxilie na gestão e possa trazer mais tranquilidade ao gestor de e-commerce.
O artigo foi publicado originalmente no E-Commerce Brasil por Giuliana Cestaro, Diretora de Produtos da Fiserv Brasil.
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